Atravessei mares, cordilheiras e invernos, visitei abismos, castelos de areia,
infernos. Para chegar exatamente neste lugar. O ponto de partida.
Arrastei
feridas, perplexidades e correntes que só me fizeram pesar a caminhada. Ah!
ceguei vezes demais! Desatenta das coisas mais importantes… E foram-me dados
sinais demais... Foram tropeços demais, amores errados demais, advérbios à
exaustão.
Aqui, neste lugar, não é céu mas pode perfeitamente ser azul. Pode
perfeitamente ser poesia. Se antes o movimento era marcado no ritmo do relógio,
agora transcende o tempo para descobrir o espaço infinito. Constante.
Aqui, tudo
e nada se completam. O amor transborda e inunda oceanos. Aqui a liberdade é
diferente. É livre! Aqui, palavras e sentimentos são tangíveis, nós, não. Aqui,
os ouvidos ouvem, a boca está em paz. Aqui, a solidão é feita de
silêncios que acolhem.
Aqui, é simplesmente o agora. Simplesmente agora.
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