Sonho. O mar é bravio. Silêncio. O meu silêncio. Sou expectadora das ondas que batem nas pedras. Debatem-se. Sinto a dor do mar. Sinto amor. Amo além do amor. Insisto nas pedras porque agora sou mar, sou revolução, quero vencer a arrebentação que me desassossega, que me retém. E me entregar a este amor, tão enlouquecida tão imperfeita... livre. E jogada contra minhas pedras para atingir alto mar. Flutuo no ar. Não toco a água. Sinto-a. Vivo-a. E neste não saber, quero. Neste não poder, amo alguém que não está lá. Uma ausência. Respiro o sonhar, caminho o amor, mergulho para nos alcançar. Sonho.
"...Restávamos três anárquicos. De carne, ossos, olhos fixos no mesmo ideal. Foram-se dois. E de fugir da matemática me escondi entre palavras. Descobri então que números também são palavras. De volta à matemática, três menos dois. Números-palavras que de cruéis me fizeram restar um, no lapso."
domingo, 3 de abril de 2016
Sonho
Sonho. O mar é bravio. Silêncio. O meu silêncio. Sou expectadora das ondas que batem nas pedras. Debatem-se. Sinto a dor do mar. Sinto amor. Amo além do amor. Insisto nas pedras porque agora sou mar, sou revolução, quero vencer a arrebentação que me desassossega, que me retém. E me entregar a este amor, tão enlouquecida tão imperfeita... livre. E jogada contra minhas pedras para atingir alto mar. Flutuo no ar. Não toco a água. Sinto-a. Vivo-a. E neste não saber, quero. Neste não poder, amo alguém que não está lá. Uma ausência. Respiro o sonhar, caminho o amor, mergulho para nos alcançar. Sonho.
Assinar:
Postagens (Atom)